sexta-feira, outubro 31, 2003

Não moramos no mesmo país

... estou a referir-me a Jorge Sampaio... e eu. Quero dizer, acho muito positivo que o presidente da República Portuguesa faça todos os esforços para que "o povo se deixe de lamúrias". É de louvar... mas nem é preciso prática de gestão de pessoas nem ler livros sobre o tema para se entender que a motivação não se impinge: "motiva-te, pá, carais!".
Mas isso é o menos. Em toda a minha vida profissional (e tantas pessoas com que eu já trabalhei...), sempre preferi que as pessoas se queixassem - quando há motivos concretos para tal - a que as pessoas silenciassem as suas preocupações e os seus problemas. E motivos concretos, no país em que vivo, há-os de sobra! E não me venham com a conversa de que estou com lamúrias. Quem me conhece sabe que gosto de ver sempre tudo pelo lado positivo (mesmo que tenha por vezes que ser muito criativo para encontrar esse lado). Mas preocupa-me que as pessoas que eu conheço e que normalmente se lamuriavam, já nem sequer tenham força anímica para tal. Preocupa-me muito.
Decididamente, o país em que eu vivo não deve ser o mesmo do presidente da República Portuguesa.

quarta-feira, outubro 29, 2003


Para vermos quem está com atenção ao nosso blog, carais...

a propósito (?!)

Sabem o que é isto à vossa esquerda? É uma escultura que faz parte da lista de nomeados do Prémio Turner deste ano. Para quem não saiba - a cultura é uma coisa muito linda mas a malta está-se cagando, como o Ferro - o "Turner Prize" é um dos prémios mais prestigiados e ambicionados no mundo das artes.
Quem estiver interessado pode ir ver a escultura à Tate Britain, em Londres, a partir de hoje. Não se enganem com o aspecto: aquelas bonecas insufláveis são em bronze. Mas atenção, que à porta desta exposição vai estar um aviso: "não aconselhável a menores de 16 anos". Ainda bem que tenho 17!...

Moral da história: se nos tivéssemos candidatado ao Turner Prize com o nosso Migratoris, neste momento éramos famosos, carais!

Querem mais? Leiam em Ananova.

Putas & IRS

Confesso que estou espantado...
Como é que ainda não vi nenhum comentário ao facto da semana ? Esta gente deve andar a dormir !
Finalmente, as putas já podem passar recibo aos seus clientes !!!
Isso mesmo. Agora já ninguém tem desculpas pra não ir, porque não podia descontar pró IRS.
Já estou mesmo a ver o casal, no inicio do ano, a fazer contas à vida:
" - Ó Manel !... Vamos lá preencher o formulário do IRS... vê lá aí nessa gaveta, que estão lá os recibos dos medicamentos e das putas !... Espero que nunca te tenhas esquecido de pedir... és sempre o mesmo... um distraído d'um raio ! "

terça-feira, outubro 28, 2003

O "Mestre Jones"

Cá no nosso sítio, sempre houve ( e haverá ) figuras típicas do melhor, mas temos algumas "mais típicas" que outras, como será normal.

O Mestre Jones, está sem qualquer dúvida no topo, e provávelmente passávamos aqui uns dias a narrar as suas histórias, mas há uma ( que por acaso até aconteceu com o Cruijjf ) que dará pra perceber mais ou menos o estilo dele.

Para nos situarmos melhor, o Mestre Jones não tem os parafusos todos desde que nasceu ( quem é que eu conheço assim ?? ) , ou então disfarça muito bem. Por exemplo, se formos na rua e sem querer lhe tocarmos, ele vai atrás de nós pra nos tocar em ultimo lugar, senão não dorme até o conseguir fazer...
Uma vez, um gajo fez de propósito e não lhe deixou tocar, fugindo para casa. Ele bem tentou correr atrás dele, mas em vão... passadas umas horas, quando ia a sair de casa, ao abrir a porta, apanhou um grande susto, que o Mestre Jones quase lhe caiu em cima, e zás !... Tocou-lhe e foi á vida...

Antigamente, quando éramos chavalos, uma das formas de irmos para o Liceu da Covilhã, era o comboio, mas um comboio a sério, com carruagens e tudo, não é como agora que chamam comboio a uma carruagem apenas, com um motor por debaixo dos pés dos passageiros, e sem a possibilidade de um gajo passear entre carruagens e ver a linha por debaixo dos pés... enfim... adiante...

Nesse dia, lá ia o Zé Cruijjf, e entre outros o Mestre Jones. Sentados um ao pé do outro - e já fartos de se tocarem, digo eu :-) - eis que o Mestre, na sua infinita sabedoria ao olhar para o exterior, se saiu com esta:

- Ó Paulinho ! Você já viu que as árvores vão em sentido contrário ? Nós vamos prá Covilhã e elas vão pra Caria !
E o Zé Cruijjf, rapaz habituado a estes coisas, também não se admirou, pois claro, e lá disse que sim, não fosse alguma observação contrária obrigar o Mestre Jones a explicar a teoria toda !...

- Pois é !... Respondeu o Cruijjf. Mas passados uns segundos, fez-se luz na cabeça do Mestre Jones ( andava sempre com lâmpadas em vez de chapéus ! ), e virando-se pró Cruijjf, completou a sua teoria :

- Boa !... Quando voltarmos ao fim do dia, em vez de virmos de comboio, vimos nelas !...

Elementar meu caro Watson, diria eu :-)

segunda-feira, outubro 27, 2003

A educação é uma coisa muito bonita

Provou-o o Manel, homem possante e uma jóia de pessoa, que chamou a atenção do filho para algo. O filho - Zé Manel - não gostou e vai daí ósdespois chamou um nome feio ao pai:
- O pai é um filho d'um corno!
Mas o Manel impôs a ordem, aliando o seu estatuto de pai a um cabedal que metia respeito. À frente de todos os que estavam no café, desafiou o filho:
- Filho de um corno?! Filho de um corno?! Quem é filho de um corno, Zé Manel?
E só deixou o filho ir embora, perdoado, quando o filho assumiu, com voz baixa e arrependida:
- Sou eu, meu pai.
Caria é um exemplo, carais!

Chuva

Que raio... detesto a chuva. Ou melhor, detesto quando não há sol... fico deprimido :-(
O ideal seria chover só á noite.
Mas enfim... há coisas pelas quais não se pode fazer nada !...
Ao menos, pela ADSL a gente ainda pode refilar, mesmo que não adiante de nada.
Hoje 'tou mesmo "mocho"...

sexta-feira, outubro 24, 2003

Ainda há bons empregos... mas aonde?

Há uns dez anos atrás, já eu tinha alguns anos de gestão de empresas, decidi criar, com um colega e amigo meu, uma empresa de consultadoria: a LEME. No início, andava eu numa fase de angariação de clientes, quando a minha mulher me alertou para um anúncio nos classificados do "Diário de Coimbra".
- Ó Luísa, um anúncio nos classificados?! Para um consultor financeiro?! Isso é muito estranho.
- Ó Paulo - admoestou-me - acho que deves ler o anúncio... e não custa nada saber o que é.
Fui ler: "Consultor financeiro precisa-se para aconselhamento pessoal. Tel. 039-XXXXXX". Insisti que não deveria interessar... mas a Luísa (como sempre) foi mais forte do que eu. Lá telefonei. Era uma senhora. Que sim, precisava de um consultor. Quando e onde nos podemos encontrar? Ela sugeriu por volta das nove, na casa dela, "por trás dos Hospitais da Universidade". Quinze minutos antes das nove lá ia eu sair, mas a Luísa pregou-me um raspanete:
- Onde é que tu vais dessa maneira?
- Dessa maneira, como? Acho que vou decentemente vestido.
- Sem gravata?! Vai já pôr uma gravata.
- Não vou nada! - ... e, como macho coerente, lá fui eu de gravata.
Quando toquei à campaínha, veio uma senhora atender-me. Era nova - nos trintas?!... - mas o aspecto não era dos melhores. Pensei que seria uma empregada da senhora, mas esclareceu-me logo: era ela a senhora que precisava de consultor financeiro.
Convidou-me para entrar para a sala e começámos a conversar: ela era massagista... "já leu os meus anúncios no jornal?"... já tinha lido. A senhora era uma massagista profissional... e precisava de aconselhamento sobre opções de negócio... e de aplicação de poupanças.
Tive que me ir beliscando por baixo da mesa para não me escangalhar a rir. Mas aproveitei a conversa (que, aliás, durou até perto da meia-noite) e fiquei a saber que "uma massagem pode custar de 5 a 30 contos" e que a mais cara era a "completa". Questionei-a:
- Para poder fazer um estudo económico, é preciso fazer uma estimativa de receitas. Quantas massagens pode dar, digo, fazer por dia?
- Depende muito - respondeu - mas por dia, no máximo, oito massagens completas, porque são muito cansativas e chego ao fim do dia estourada.
"Chiça!", pensei mas belisquei-me logo e passei para os custos.
Já a conversa ia longa quando lhe disse que deveria procurar outra pessoa para a aconselhar, "já que os meus honorários seriam necessariamente elevados".
Agradeceu-me as pistas que lhe dei (!) e perguntou-me quanto era. "Nada. Só se fosse continuar a colaboração", o que não era o caso. Acompanhou-me até à porta e despediu-se amavelmente com um "quando quiser venha para eu lhe fazer uma massagem, como agradecimento".
Desde a casa dela que vim às gargalhadas sozinho no carro. Mas quando cheguei a casa a Luísa estava preocupada e revoltada:
- Tentei ligar-te várias vezes, mas tinhas o telemóvel desligado. Tanto tempo?...
Respondi-lhe, a esconder o riso e a gritar:
- Tu cala-te, mulher! Mandas-me às putas!... de gravata!... e ainda me pedes explicações?!
Moral da história: vida de consultor de massagistas é como a pilha Duracell: Dura! Dura!...

quinta-feira, outubro 23, 2003

Deve ter sido duro...

... para o Marcelo...
... quando eu e o Chico Padeiro andávamos aos passarinhos na cerca do Conde. Eu atrás, como observador-buscador-transportador das vítimas, e o Chico à frente, com a pressão de ar, como dono da arma e caçador emérito.
O Chico fez-me sinal para não fazer barulho e apontou-me para o muro da quinta da família Quevedo Pessanha, do outro lado da estrada. Atrás desse muro, junto a uma oliveira, estava o nosso conterrâneo e contemporâneo Marcelo. Com as calças ao fundo das pernas e com o braço direito a trepidar freneticamente.
Ficámos a apreciar uns momentos, rindo silenciosamente, até que fiz sinal ao Chico para irmos embora e deixarmos o Marcelo em paz. Mas não foi essa a opção do dono da arma. Vi-o a apontar a pressão de ar um pouco ao lado do Marcelo... e "TAU", sai chumbo.
Coitado do Marcelo. assustado com o barulho do disparo, olhou para o lado de cá da estrada (lado de lá dele) e de imediato puxou as calças para cima e desatou a correr.
O que o Chico fez, não se faz, carais.
Por estas e por outras é que não se vê nenhuma pintura rupestre de uma pívia campestre: os nossos antepassados já deviam ter medo de pressões de ar.

terça-feira, outubro 21, 2003

se é para um é para todos (sem perda de generalidade)

Aqui estão as nossas propostas para outro flagelo da nossa sociedade (basta que tenham um grãozito de areia para ficar tudo arranhado, mas isso o Governo não vê):

segunda-feira, outubro 20, 2003

Está a chover aqui em baixo!

Esta foto da SAPEC que o Chico nos "remostrou" fez-me lembrar os tempos do "Foto Martins", onde este trabalho foi feito, quando lá trabalhava o Plicas e eu ia lá fazer uns biscates.
E quando o Plicas foi à câmara escura - que era simultaneamente a casa de banho do "Foto Martins" - para fazer uma mijinha?
Como estava a meio de um trabalho de revelação, foi às escuras.
Passado um bocado, já ele estava cá fora, aliviado, ouviu-se a vizinha do rés-do-chão:
- ó menino Marinho, está a chover aqui em baixo.
O Plicas, naquele instante, ficou sem perceber o que a senhora queria dizer. Mas passado um bocado lá somou dois e dois é igual a quatro papossecos. Correu para a câmara escura... e de facto lá estava uma poça, mesmo ao lado da sanita.
Moral da história: mijar na câmara escura nada de bom augura.

sábado, outubro 18, 2003

A SAPEC no seu melhor !

Vocês querem arte a sério ??
Pois então, tomem lá um exemplo da arte "Sapequiana" dos anos 80....

Isto nem o Andy Warhol... apesar da Marylin Monroe ser um bocadinho mais bem feita :-)


sexta-feira, outubro 17, 2003

Voltemos ao Quim Tressa...

... isto é, ao João Sanches, um colega meu da escola, que uma vez apareceu nas aulas de peito feito. O João, ao contrário do irmão, Zé Papas (que já passou neste monitor a propósito do leite de figo), era muito reservado. Por isso todos estranharam.
Só no recreio ele mostrou o motivo de todo aquele orgulho. Num cantinho da Escola Masculina, desapertou a braguilha perante meia dúzia de colegas e exibiu algo que achámos tão estranho que nem conseguimos fazer qualquer comentário: ele tinha pêlos à volta da pila! Um puto - como nós - com oito anos e tinha pêlos na pila. Lisinhos, direitinhos, em madeixas à volta da base da pila. Nós nem sequer sonhávamos que a pila pudesse ter pêlos!...
O João Sanches voltou a fechar a braguilha, com o peito ainda mais inchado. Nós não sabíamos o que pensar. Seria uma doença?... Seria natural?... Iríamos nós também ter, um dia, pêlos na pila?...
Fomos jogar à agarrada e à rabatinha. Os cromos do Damas eram os mais difíceis e, por isso, os que nos faziam correr mais à volta da escola, atrás do nosso colega que tivesse um desses para largar à rabatinha, o que era um momento raríssimo. E isso sim, era importante.
No dia seguinte, o João apareceu triste, mais calado ainda que o normal. Ninguém lhe perguntou nada mas ele, no recreio, teve que desabafar:
- doeu comó caraças, arrancar os pêlos.
- mas... arrancaste os pêlos?
E o João Sanches lá explicou a operação de cosmética. Que na véspera tinha cortado à tesourada uns cabelos da carola. Que os tinha colado à volta da pila com Peligom. E que à noite teve que os arrancar, depois de se ter armado aos cágados.
- tenho tudo em ferida. Nunca mais faço isto. Nunca mais!
Nós lá fomos jogar à bola, às escondidas, à agarrada e à rabatinha.

Outra vez a lingua Purtogueza

Agora pergunto eu: e porque é que é "carais", e não "caráis" ???
Fui ver no dicionário e não vem lá ponta-de-um-corno sobre isso ! Ó ACAS, explica lá á gente, cum raio... ou será que foi apenas um ACASo ???
A propósito, lembrei-me de uma pequena história que me aconteceu há uns anitos ( que eu ainda sou um "chavaleco" ), quando fui a um cliente em Esmoriz.
Fui contactado por ele para lá ir, porque havia um problema qualquer no computador, e aquilo, nem pra trás-nem-pra-frente. Vai daí, lá fui eu até ao Norte. Quando lá cheguei, como o homem andava entretido no armazém, mandou-me entrar pró escritório que já lá ia ter comigo. Entrei, sentei-me de frente ao "computas", e bem á minha frente tinha um bilhete espetado num painel que dizia assim : "Sexta-feira o sr. Luis bem cá arranjar o computador".
Pois claro ! Ele até me disse á chegada, "Vem bindo, sr. Luis"...
Agora bai lá dizer ao homem que escrebeu mal, caráis !

quarta-feira, outubro 15, 2003

É RATA!

É RATA: onde se lê neste blog, nos comentários (deste blog e dos outros) e no rabiosque tatuado "caráis" deve ler-se "carais".

Obrigado pelo esclarecimento, ACAS. Quem quer que sejas tens toda a razão e ficas nomeado "revisor ortográfico da SAPEC". Começa já por corrigir todos os textos do Chico Padeiro, se és homem, carais!


A minha amiga Gutinha pediume para faser uma redassão.
Eu goçto munto da Ana Tereza. A Ana Tereza é boa porqué comó milho mas é má porque morre-se.
O mê pai morreu de cânquero quando ê stava na tropa. A Ana Tereza foi má porque podia dechar o mê pai conhesser asminhas filhas.
Á dias a Juana gritava prá Mariana:
- tu éz munta burra.
- iço nã çe dis há tua iremã - diçelhe eu - proque lhe xamas eçe nome fâio?
- ó pai, eu eçqrevi nun papele "se me ia" e ela leu cemia!
- ólha, filha, não çe berinca com a Ana Tereza. Quere diser, brincasse maz nã çe goza co ela. Perssebes, filha?
Ela ficou xatiada:
- ólha, pai, tu eçtáz çempre abrincare! Ê vô é vizitar o belogue da Gutinha, para çaber maiz çobre a leucemia.

terça-feira, outubro 14, 2003

Começar bem o dia

Hoje começei bem o dia !
Cheguei ao escritório - um pouco atrasado como sempre, que a minha "melga" mais nova não me deixa despachar a horas, porque se atrasa sempre a beber o biberon - e tinha o amigo Francisco, á minha espera com uma prenda.
Uma garrafinha de geropiga, que ele e o pai fizeram a semana passada ! Mais nada, caráis !
Até que não sou grande bebedor, mas uma geropigazinha e umas castanhinhas assadas, até que são do melhor :-)
E pensei cá pra mim.... Afinal, no "Enterior Esquecido E Ostracizado", ainda há coisas que valem bem a pena, e só isto é que me vai dando algum ânimo pra esperar que os filhos d * p* da PT ainda não tenham ligado a ADSL !!!
Vai uma geropigazinha ?!...

segunda-feira, outubro 13, 2003

Os ingleses são uns tarados!

Sempre tive inveja do pessoal de Lisboa por ter oportunidades que nós, aqui detrás da Serra, nunca temos. Mas afinal os alfacinhas [M] e os grelinhos [F] sofrem do mesmo que nós. Senão vejamos: segundo o "Guia da Semana", 108º suplemento do Expresso deste Sábado, o Robbie Williams é um cantor inglês da área do "Pop/Rok" (sic :-) que vai dar agora dois concertos em Lisboa, nos dias 19 e 20. Estava eu todo invejoso quando li o resto: "este verão [o Robbie Williams deu] três conertos em Inglaterra". Se o Expresso diz que ele deu três conertos, eu acredito. E porque é que os ingleses têm direito a conertos (logo três) e nós não, caráis? Como sou amigo dos alfacinhas e dos grelinhos, mostro-vos o que ele só quer mostrar aos ingleses: o conerto dele

De nada!

Não gosto de me gabar, mas bem haja, miúda...


Está bem! Está bem! Se souberem pedir eu digo onde podem fazer isto...

domingo, outubro 12, 2003

Atentado á Madrinha

( Bem... o Cruijff pediu e eu não posso dizer que não... mas devo adiantar, que o gajo que devia estar aqui a contar, era o compadre Dentes, pois foi um dos "Comandos" que participou nesta terrível aventura... então foi assim... )

Uma das coisas que mais gozo nos dava no carnaval, era rebentar bombas. Mas não eram aquelas bombitas que um gajo atá pegava nelas, e mais pareciam uns "peidos" mal dados, e ainda por cima sem cheiro... Não.... Eram bombas de carnaval a sério !
Das duas uma: ou guardavamos algumas, dos foguetes das festas dos verões, que acabavam por não rebentar, ou então fabricávamo-las nós mesmo :-) Aliás, até há outra hitsória do caráis, que poderei contar noutra altura, em relação a isso de fabricar bombas.
Bom... mas continuando...
Esta história de rebentar bombas devia fazer-nos sentir c'mó Rambo, eu sei lá, porque aquilo dava mesmo gozo. Por exemplo, um gajo enfiava uma numa maçã podre, atirava ao ar o mais alto possivel, e ... era puré por todo o lado... ou então numa daquelas garrafas de vidro "Mini Vimeiro" !.... do melhor.... :-) mas neste caso tinhamos que "dar á sola" pra trás de qualquer coisa sólida, não fossemos acabar por andar a tirar vidros das nálgas... :o(
( Também me lembrei de outra história do Zé Papas, com bombas de foguetes, que fica pra depois...)
Bem... mas voltando ao nosso tema inicial...
Num dos muitos Carnavais, em que não se fazia mais nada senão tocar pí­vias, jogar flippers no Mira-Serra, ir aos pássaros, ouvir musica na casa do Chico, beber uns finos no Salão, zucrinar a cabeça á Marquinhas, e rebentar bombas, depois de termos ido acabar com o stock bélico pró Pinhal do Jordão, acabou por ficar uma "bombita" por estoirar.
Até aí nada de anormal... Mas, eis que os compadres Léu e Dentes tiveram uma "brilhante idéia", como não poderia deixar de ser daqueles dois juntos, caráis :-)
O Léu, tinha uma madrinha velhota, que tinha uma casa com quintal onde pendurava a roupa a secar. Ao irem para casa, os nossos heróis, ao passarem junto ao muro do quintal do que é que se foram lembrar ?.. pois claro... Juntaram : "uma bomba" + "um quintal de madrinha" = "um grande cagaço á madrinha" ... a fórmula não poderia falhar !
Vai de deitar fogo ao rastilho - que normalmente era pequeno c'ma porra, e um gajo tinha que ser destemido pra acender aquelas merdas, e se fosse agora eu tinha tido mais juizo ! - e zupa !... quintal da madrinha do Léu com ela !!!
"BUMMMMMMMM" !!!!!! Ouviu-se no quarteirão inteiro !!!!!!!! ( eram só 4 casas... mas era um quarteirão...) "Pernas pra que vos quero" - pensaram os nossos destemidos heróis... pensarem nisso , mas não pensaram que alguma vizinha estivesse á janela, e os visse passar a correr, como se os quisessem obrigar a comer sopa-de-feijão-verde á força !...
Ora... afinal até a CIA e os Israelitas cometem erros porra !!!
E pronto... aquilo não tinha sido nada com eles, pois claro. Bute pra casa que se faz tarde, e são quase horas de jantar.
Passado algum tempo, estava o nosso amigo Léu em casa e tocam a campainha ( já cá havia casas com campaínhas e tudo ! Aliás, também há umas histórias engraçadas de campaínhas que depois conto ) Trimm, trimmm,trimm, trimmm,trimm, trimmm,trimm, trimmm !!!... "Porra ! O que é que se passa ??... 'tão com pressa !??!" - pensou o compadre Léu ao dirigir-se prá porta... Nisto, ao abri-la, e sem qualquer hipótese de defesa, salta-lhe a madrinha literalmente pra cima, agarra-se ao pescoço dele e diz-lhe : ""Á mê desgraçado !!!!!!!! Querias matar-me ???!!! Querias matar-me !!!???" Minha nossa... acho que no inicio, ele nem deve ter tido tempo de pensar no que lhe estava a acontecer, até porque ela apertava com tanta força que o sangue não passava prá cabeça, e o gajo não conseguia pensar, pois claro...
Passados longos minutos, apareceram os pais do desgraçado do nosso herói, e lá o conseguiram libertar...
A partir daqui, mistura-se a lenda com a realidade, pois já não me recordo qual a desculpa que o Léu deu... talvez que a culpa foi do Zé Papas, ou do Baetas, que toda a gente sabia que ele é que tinha morto o cão... mas enfim... pelo menos não acabou sufocado pela madrinha.
O Dentes, o nosso outro herói, também não teve melhor sorte, coitado ! Ainda por cima, o pai dele fez questão de ir com ele, a casa da madrinha do Léu, e dar-lhe uma valente sova á frente dela :-) Enfim... são os riscos que correm quaisquer "operacionais"... toda a gente sabe isso...
( Imaginem só, a carga de porrada que o Bush já deve ter levado da mãe dele !!!!! Deve estar com as nálgas negras ! )
E pronto... com o passar dos anos, a madrinha, pôde voltar á normalidade, e estender a roupa no quintal sem levar um capacete daqueles que a gente vê nos filmes dos "Cámones", quando andam aos tiros no meio da selva contra os "Viet's", e os nossos heróis deixaram de mandar bombas, e aproveitaram o tempo de sobra pra esgalhar mais umas pívias, que o risco era bem menor ! :-)

O Prometido É de Vidro!

Agora que todos já recortaram a bolinha e colaram no canto superior direito do écran, aqui vai disto, ó Evaristo (*1)!
Então era assim, contado por um gajo que não conheço e que acho que nem era de Caria (*2):
- Ó X.co (*3) e Bete (*4), tenho uma "Gina" nova lá em casa que tirei do baú do meu pai.
- Ó Cruijff (*5), trázia (*6)!
E lá iam eles para a palheira da quinta do Conde de Caria (*7). Calças e cuecas (ou ceroulas, no Inverno) para baixo e sentavam-se nas tábuas ao pé da manjedoura. O mais difícil daquilo era escolher qual dos três ficava no meio... a segurar e a folhear a revista. É que a posição tinha vantagens (controlava o timing da sequência e podia até rebobinar quando a página seguinte se revelava menos interessante que a anterior) mas também tinha um inconveniente de peso: sobrava só uma mão para a pívia... ainda por cima tendo que intervalar para desfolhar a "Gina" (*8). Normalmente, ninguém queria ficar no meio.
- Ó X.co, muda lá de página que já estás nessa há que tempos!
- Agora não, caráis. Agora nãããããããããããããããããão... - e os outros respeitavam.
Estas revistas tinham um prazo de validade muito limitado. Não sei ainda porquê, mas começavam a ter as páginas coladas... ainda por cima nas imagens mais interessantes... e era assim que voltavam para os baús e gavetas dos pais e irmãos mais velhos (*9).
Bons tempos, caráis... (*10)
Isto foi uma mais-valia extraordinária relativamente aos que ao longo da vida só actuam e actuaram a solo.
Além disso, verifico agora que estes gajos - repito, desconhecidos e que nem eram de Caria - foram pioneiros em agricultura sustentável. Os brasileiros é que a sabem toda:

______________________
(*1) um dia destes temos que falar do Evaristo, o nosso informador dos galinheiros, meloais, pomares e demais alvos nocturnos potenciais...
(*2) eu sei que isto soa a processo da Casa Pia, mas éramos, digo, os gajos eram novos, caráis.
(*3) para não comprometer o Chico Padeiro, temos que esconder-lhe a identidade e chamar-lhe X.co ("Xisco") nos autos.
(*4) idem para o Betes (ninguém irá adivinhar que Bete é o Betes).
(*5) neste caso não é preciso alterar o nome porque ninguém sabe quem é o Cruijff!
(*6) não vou escrever "trá-la" se se dizia trázia, caráis.
(*7) pois... não eram de Caria mas vinham para cá... a pé... era uma promessa... e Fátima era demasiado longe...
(*8) neste caso, porque havia também as "Tânia", umas pequenitas que se escondiam muito bem ("Weekend Sex"), às vezes vinham de França outros títulos bem esgalhados e, quando havia carestia destas, Playboys, Penthouses e similares também marchavam.
(*9) obviamente, era tudo tão bem feito que nunca os pais e irmãos mais velhos descobriram o que se passava... nem é agora, ao fim destes anos todos, que os tapadinhos vão perceber, caráis!
(*10) o que estás a fazer aqui em baixo, caráis? Volta lá para cima, para leres o fim da história, caráis!

sábado, outubro 11, 2003

avisado pela comichão de sem sura (o que quer que isto seja)






Nos termos da lei dos blogs, os autores de "abaixo o chispe viva o iogurte" avisam que arrotam posts de pescada (ou galinha com arpão) e mandam caraisadas, nunca a torto e sempre a direito.

Mais informam que neste estabelelectrónico (a electrónica substitui o cimento) não há livro de reclamações, pelo sim pelo não (que um dos autores já está meio careca). Não assumimos qualquer responsabilidade (aprendemos com o Governo) por dar ideias às novas gerações, já que estas sabem mais que o Bibi!

Por isso, escondam as vossas filhas (ou deixem-nas à mostra mas tapem-lhes os olhos), ponham cintos de castidade [anal] aos vossos cães e gatos, desliguem os telemóveis, ajustem o traseiro ao assento e vão-nos fazendo uma visitinha. E não se esqueçam: escrever para o boneco é pior q'ó caráis. Por isso comentem...

Nota técnica - por favor recortem do écran a bolinha colorida (sim, também tem vermelho...) e colem-na no canto superior direito do vosso écran sempre que nos vierem visitar. Depois não digam que não avisámos, caráis!

sexta-feira, outubro 10, 2003

Brincadeiras de ontem e de agora

Estive a (re)ler o blog da Gotinha ( pra quem não conhece, fica em http:\\blogotinha.blogspot.com, e acho que devem visitá-lo que vale mesmo a pena ) , e fez-me lembrar um concurso muito erudito, que faziamos quando eramos putos... "Ver quem mijava mais longe" !
Não começem já a torcer o nariz, que aquilo requeria mesmo muita técnica ! Não era só apontar e já está ! Aliás, não é pra me gabar, mas eu era dos que conseguia ficar sempre nos primeiros lugares :-)
Acho que hoje os putos já não dão tanta importância a estas coisas... acho eu... é mais PS2, BigBrother's e Rave Party's...
Penso que este tema levava-nos muito longe - não é o concurso das mijadelas... é sobre as diferenças das nossas brincadeiras de putos, e de agora.
Por exemplo: será que algum puto de agora, alguma vez imaginou o prazer de assaltar o galinheiro da vizinha, e ir comê-la ( á galinha, não é á vizinha ), prá ribeira lá do sítio ?
Nahh... não me parece...
Uma vez, á falta de chumbos prá pressão-de-ar ( a nossa arma de eleição ), fomos de arpão de pesca submarina, que o irmão de um de nós tinha em casa, e como morávamos a 300 Km do mar, ele não utilizava muitas vezes. Chegados ao galinheiro, e depois de os batedores terem verificado se o dono não andava por perto, abrimos a porta devagarinho, e.... bom.... foi só escolher a galinha mais gorda :-) Mas engraçado mesmo, foi a gente puxar pelo cabo do arpão, como se estivessemos á pesca, heheeh... a galinha é que não achou muita piada, vá-se lá saber porquê...
Ainda estavamos com medo, que depois de assada a galinha soubesse a peixe... mas não.... estava simplesmente deliciosa !
E agora pergunto eu : será que nos dias que correm, os putos também vão á pesca de galinhas ??... Não me parece.... ahhh... outros tempos.... que saudades....

Desculpem-me...

... há tantas histórias na forja para contar...
... mas depois desta dos mísseis teleguiados do Chico Padeiro ainda não recuperei. Ganhou-me por KO técnico, caráis! É que para mais eu lembro-me bem de ter assistido a uma dessas operações: estávamos sentados no degrau da porta da padaria, o cão dele [era Poli que se chamava?!] passou no raio de acção dos braços dele e pimba! Lá levou com um palito dos dentes no traseiro. E a reacção foi mesmo essa: levantou as patas de trás e avançou pelos paralelos do largo com a tracção às patas da frente. Na altura não soube o que pensar, mas agora mijo-m'arrir!...
... e agora, o que posso eu contar sem baixar o nível?... :-)
...só se... só se... ó Chico, posso contar as aventuras de "os três e a revista pornográfica"? Bem sei que nem conhecemos os gajos... e até acho que nem eram de Caria... ;-)

quinta-feira, outubro 09, 2003

Traumas de infância

Preciso de desabafar pessoal !...
Nem que seja processado pela Sociedade Protectora dos Animais, mas tem que ser...
Não posso morrer com isto atravessado !!! ( "isto" é o trauma, ok ? carais... )
Sim !... Fui eu !...
Quando vocês viam passar os câes e gatos á porta de minha casa, com as patas de trás no ar, e de olhos esbugalhados, a correr que nem uns desalmados.... bem.... confesso... a culpa era minha... mas era mais forte do que eu :-(
Não conseguia resistir...
Eram os meus misseis teleguiados, com um palito ou pau de rosmaninho enfiados pelo cu a dentro !!!
Pronto !! Já disse !! Estou mais aliviado.... agora prendam-me se quiserem, mas morro descansado !
Aquilo, era assim como que um vício : gato ou cão distraído, e de cu pró ar, era um potencial missil em segundos... Sei lá... nasceu comigo, que é que eu devo fazer ? Agora, passados estes anos todos, estou curado... mas foi dificil...
Será que os misseis, quer dizer, os bichos, ainda não me perdoaram ? Pensando bem, acho que alguns até gostavam, pela cara de gozo com que se arrastavam, de cu no asfalto, com aquela cara de gozo e de olhos esbugalhados :-) Uma vez um gato lá de casa - a gente tenha sempre praí 2 ou 3 gatos - bateu todos os recordes; a porra do "instrumento de tortura" deve ter ficado bem entalado nas nalgas do bicho... o gajo desata a por as patas no ar, e em menos de um "ai", atavessou o sobrado todinho de uma ponta á outra !!! Fiquei sem palavras - e o gato sem cu ! Foi um momento único, pois a porra do sobrado tinha alguns 15 metros de comprido, minha gente... não era fácil, mesmo pra um gato com um palito no cu !
Mas aquele gato, a partir desse dia ficou muito estranho... só o via na companhia de outros gatos a ronronar, e gatas nem vê-las...
Hummm... será que, lá prós lados do Parque Eduardo VII, o pessoal também anda á procura de paus de rosmaninho ???
Será ?...

quarta-feira, outubro 08, 2003

O repórter não estava lá mas sabe...

...quando o Zé Papas foi tomar banho à ribeira com a malta?
Era uma altura em que cada um tentava mostrar aos outros que era o mais macho e mais precoce. Pois o Zé Papas queria mostrar que "já fazia fio": enquanto os outros se banhavam no açude, o Zé Papas apanha sorrateiramente um figo propositadamente verde, baixa os calções... espreme umas gotas do leite do figo para a ponta da gaita...
... E DESATA A BERRAR "AI QUE EU MORRO!"... "CARAAAAALHO!",... "ESTÁ A ARDER!",... "AI! AI! AI!" enquanto mergulha na água e agita o pirilau para o enxaguar.
Quem lá estava diz que a todos doeu. Até a mim, e só me contaram...

terça-feira, outubro 07, 2003

Cruijff professor de Má temática

E quando eu acabei o "curso do Mondego" e fui dar aulas de Matemática para o então IUBI, actual Universidade da Beira Interior, na Covilhã?

Além de ser um conjunto de edifícios muito bonito, proporcionou-me alguns momentos que nunca esquecerei:
1º) fui à secretaria levar os meus documentos.
- nome?...
- João Paulo Moura - respondi.
- CHAMPALIMAUD?!
2º) Fui-me apresentar à minha colega das aulas práticas. Ela nunca mais chegava. Às tantas, passou uma aluna:
- vens para que curso? - perguntou-me.
- venho para gestão e engenharias têxtil, civil e mecânica. É que venho dar aulas de Matemática...
- este instituto está lindo... - afastou-se com ar despeitado [mas com peitos grandes...].
3º) Aula depois de almoço. As salas estavam fechadas. Fui pedir a chave a uma funcionária. Resposta estridente dela:
- JÁ VOS DISSE QUE SÓ DOU A CHAVE AO PROFESSOR!
4º) Dias antes da primeira frequência e da minha ida para a tropa, vem ao gabinete uma aluna:
- sôtôr, posso falar consigo?
- claro. Tem algumas dúvidas e precisa de ajuda?
- ó sôtôr, vou ser franca: eu não percebo nada de matemática.
- mas olhe que estudar gestão é complicado quando não se sabe nada de...
Ela interrompeu-me:
- ó sôtôr, vou continuar a ser franca: se o senhor me ajudasse a passar eu fazia-lhe uma camisola...
[ainda hoje não sei se perdi a oportunidade de ganhar uma bela camisola ou a ocasião de enfiar uma bonita camisinha]

segunda-feira, outubro 06, 2003

O Coro

E quando eu e o Cruijjf, tocávamos viola no coro da igreja ?...
Foi o começo das nossas vidas artísticas, minha gente !
Primeiro havia os ensaios semanais; duas noites por semana, na casa do Sr. Prior, onde estava sempre um frio do caraças !... Um gajo chegava lá, afinava as violas - a minha estava sempre afinada :-) - e lá começava o ensaio.
Já não me recordo muito bem, mas acho que por vezes até tinhamos um "chefe de orquestra" prós cantores, que nós não precisávamos, claro...
Aquilo era do melhor... sobretudo nos intervalos das canções, quando começavamos a tocar Blues, heheeh... :-)
Mas por vezes era uma seca... será que hoje ainda assim é ?... qualquer dia tenho que lá ir ver...
Mas lindo mesmo, foi quando arranjámos um baterista !!!! ... isso mesmo !!! Um VERDADEIRO BATERISTA, em plena missa, a acompanhar duas violas acústicas, e um par ( ou dois ) de jarretas a cantar desafinadas ( quer dizer... nem todas eram jarretas, e algumas até quase que afinavam...).
É como que estou a ver o Tó Martins ( era o nome do baterista ) a "dar-lhe com toda a força", mesmo por detrás do Sr. Prior, e o pobre do homem, com os ouvidos a zunir, nunca ele imaginou tal coisa !!!... Aquela bateria ainda hoje deve andar nos ouvidos das beatas !.. coitadas... elas até achavam que aquilo era obra de demónio ... benziam-se a dobrar !!!... Só visto !!!...
Confesso que até gostei....
Nunca cheguei a perceber porque é que nunca nos batiam palmas no fim... acho que foi por essa razão que não segui a carreira artística...
Hummm... nunca tinha pensado bem nisso....

A Marquinhas

Imperdoável !!!!!!!
Temos que admitir que nos estamos a esquecer de uma das maiores referências cá do sítio ! Pois claro.. a Marquinhas !
O que teria sido de nós, sem as informações, actualizadas ao segundo, da Marquinhas ? Nem consigo imaginar !... A CNN ao pé dela... baahhh... não passaria de um menino-de-coro ...
Alguma vez a CNN era capaz de saber, em minutos, o que se passava em casa de qualquer habitante cá do burgo.... asssim como que por magia ?!?... Aquela mulher, se hoje fosse viva, valia ouro !!!!
Já a estou a imaginar, como correspondente da Manuela Moura Guedes : "Está lá !??? ( isto com o ruído de fundo da antena parabólica a rodar, que ela tinha no sobrado... que a gente nunca conseguiu ver, mas sempre soubemos que lá estava ) ... "Menina Manuela ??... Olhe... as noticias de hoje são poucas... A Germaninha, voltou a fazer costoletas de porco pró almoço, mas foi com arroz... ontem tinha sido com batatas fritas e ovo estrelado... mas o Luisinho refilou na mesma..." ... e continuava... "O Paulinho, portou-se muito mal na missa e o Sr. Padre quase que o mandou prá rua !... Tá sempre com fantochadas, aquele menino..." (...) "Mais logo voltarei a ligar a antena, que a electricidade está cara, e as reformas nunca mais aumentam, e sabe-se lá se amanhã chove, e depois tenho que ligar a braseira eléctrica, e a menina alguma vez usou uma braseira eléctrica pra saber quanto gasta ?... é o fim-do-mundo !!!..."
Ah.... que saudades....
Assim, até era capaz de ver o noticiário da TVI....

domingo, outubro 05, 2003

Aproveitando a ideia...

... por uma questão de coerência, as declarações de IRS deviam ser obrigadas também a ter dísticos do tipo:

"Mostre-me o esquadro" (ou "O Guarda Camelo no seu melhor")

Ó Dentes e Chico, então vocês não se lembram de quando o Guarda Camelo mandou parar um carro ao pé da ponte?

Pediu os documentos e estava tudo bem (ora bolas!...). Viu a matrícula de trás e era igual à matrícula da frente (ora bolas!...). Os pneus também lá estavam... e não estavam como o Careca (ora perucas!...). Só faltava pedir ao condutor, com toda a naturalidade:
- mostre-me o esquadro!
- desculpe?! - perguntou-lhe o visado.
- o esquadro! Mostre-me o esquadro!
- mas... senhor guarda... não estou a ver o que é isso!
- O SENHOR NÃO SABE O QUE É O ESQUADRO?! - encheu o o peito o agente da autoridade, preparando-se para facturar. E ensinou, com o seu ar doutoral: - então não sabe que é aquilo que se põe atrás do carro quando se tem uma avaria?
O guarda Camelo queria saber se o carro tinha o triângulo de sinalização...
Ai, qu'ê mijo-m'arrir, caráis!

sexta-feira, outubro 03, 2003

Chega de língua! Agora é DENTES!


Já que o Chico falou do Dentes...
... e quando emprestei a minha Renault 4L em 4ª mão (a saudosa "Lilinha", que ficava sempre molhadinha por baixo quando eu a conduzia à chuva...) para ele ir namorar com a sua Leonorzinha ao Monte do Bispo (este nome não tem a ver com a fisionomia dela - julgo eu - e sim com a terra onde nasceu e vivia)? É que eu sou um coraçãozinho mole e o Dentes andava mesmo de monco (que raio de nome para a pila) caído...
No dia seguinte lá tinha de regresso, sã e salva, a minha Lilinha. Nem manchas novas nos bancos, nem pelos encaracolados na alavanca das velocidades, nem nada (até no depósito, não havia nada)...
Passadas umas semanas, quando tive que ir à  Covilhã, ao regressar pela Senhora do Carmo, vi que a parte de trás da placa, no cruzamento para a nossa terra, tinha pintado a azul o nosso Penis Migratoris, numa bela reprodução da santa imagem ao pé da igreja de Caria. Gostei tanto da obra de arte, que só passado muito tempo me apercebi que o Migras estava pintado exactamente no mesmo azul da carroçaria da Lilinha...
Quando cheguei a Caria é que somei "Chico e Chico igual a Quatro Papossecos". Abri o porta-bagagens da Lilinha... e o que receava confirmou-se: a lata de spray de tinta azul que lá tinha (para disfarçar as manchas de ferrugem que iam aparecendo) estava vazia!
Só muito recentemente perdoei ao Dentes, porque agora é polí­cia.

quarta-feira, outubro 01, 2003

O Ti'Cameira

Ah... já que o Cruijff falou do Ti'Cameira, também há uma história dum raio com ele...
Certo dia, a mulher dele, já com uma certa idade... sei lá talvez prái 65-70 anos... andava com um problema grave de reumatismo.
Ti'Cameira, que era um homem das 7 artes, e sabedoria dos anos que já contava, arranjou uma forma de a curar, sem ter que ir ao médico, apenas usando "material lá de casa". Uma das suas actividades era a produção de mel, pelo que tinha muitas colmeias nas suas propriedades, e vai daí do que é que ele se lembrou ?
"As picadelas de abelhas são optimas pró reumático" - dizia ele... pegou numa lata, encheu-a de abelhas, e vai de as enfiar pelas saias acima da pobre mulher !!!!... Só acredita quem quer !... Aliás, ainda hoje se fala disso cá no burgo !
Bem... a pobre da mulher só não morreu porque as abelhas nesse dia deviam estar de folga, e tiveram pena dela, mas julgo que foi hospitalizada e tudo... Nunca se chegou a saber se as abelhas só picaram nas pernas, ou se também andaram em locais menos aconselhaveis... brrrrr.... só de imaginar..... Imaginem que a mulher tinha um problema de hemorródias, e ele lhas queria curar ???....

O Matriculas

Bom... pra quem não sabe, aqui vai a história verídica do Matriculas...
O Matriculas, era um GNR cá do sítio, e que por acaso até tinha um nome bem engraçado... "Canelo".
Sério... era qualquer-coisa Canelo. A gente quando passava por ele, disfarçava o tom de voz, e diziamos: - Bom dia sr. Camelo... e o gajo nunca topava... era um verdadeiro camelo - sem ofensa prós camelos...
Certo dia, o Camelo... ah... Canelo... foi fazer uma operação stop com outro camelo... ah... quer dizer ... com outro GNR, daquelas em que eles passam o tempo com as mãos atrás das costas ( nunca percebi como é que eles coçam os tomatos nessa posição ), e vai daí mandam parar um carro.
Como naquele dia deviam passar poucas "vitimas", o Canelo lá foi dar uma ajuda ao colega, porque não tinha mais nada que fazer, e gostava de mostrar serviço...
- Os seus documentos se faz favor... hummm... pois... tá bem...
Nisto, o Canelo vê o colega ir prá parte de trás do carro, talvez a ver se algum farol estava partido, e sem mais demoras, corre pra frente do carro e diz pró outro camelo :
- Ó "não-sei-quantos" - já não me lembro qual o nome do outro...
- Veja lá a matricula de trás que eu vejo a da frente !
E pronto... de Camelo passou a "Matriculas"... aliás, ainda hoje é mais conhecido por esse nome... e não sei porquê, mas até lhe assenta bem... sério...

"Matriculas" - 1

E quando o compadre "Dentes" e o compadre "Zé Léu", vinham á boleia da Covilhã para Caria, no fim de mais um duro dia de aulas no Liceu ( era o principio do ano, e por isso ainda não estavam tapados a faltas ) e parou o "Matriculas" ? ( já conto porque é que lhe chamamos o "Matriculas" ...)
- Bom dia - disse o Dentes todo satisfeito ao abrir a porta do carro.
- Bom dia...
O Zé Léu, gajo afoito como sempre, ( só tinha medo do Zé Cruijff, e por isso andava de faca de mato quando o via ), vai de entrar logo pró carro, sem perguntar mais nada, pronto pra regressar a casa...
- Então v'omçês vão pra Caria ? - como se não estivesse farto de os ver !
- Sim... não tivemos mais aulas e vamos mais cedo - respondeu o Dentes todo satisfeito.
- Bem..... ah... eu dava-lhes boleia... se v'omçês me dessem qualquer coisinha prá gasolina...
Bom... só visto... O Dentes, saltou da carripana pra fora.... e educadamente disse-lhe:
- Ó seu cara de caralho !!!... se fosse pra gastar dinheiro não vinhamos á boleia !...
E lá teve o "Matriculas" que pagar a "gasosa" sozinho, deixando os nossos heróis a "penantes" ...
Nunca percebi muito bem se esta história tem alguma moral, mas continuo a achar-lhe piada :-)

A língua portuguesa (de vez em quando) é uma merda!

A minha amiga virtual e comadre Gotinha tem no seu blog (Blogotinha) um grupo de comentaristas bons como ela merece. Pelo meu aniversário, "g." (lê-se "guê ponto" ou, em inglês, "ponto guê") desejou-me que fizesse uma "dobradinha"... na idade. Qualquer macho que se preze tem que se assustar com um voto destes! "Direitinha" em qualquer idade, isso já era um voto lindo...
Isto faz-me pensar que muitas palavras e frases são usadas "às avessas". Por exemplo, se um homem faz uns biscates, sem emprego fixo, chamam-lhe depreciativamente um "tapa-buracos". E esse é um epíteto tão lindo e valioso!...
Razão tinha o ti'Cameira, que deu boleia, da Covilhã para Caria, a um puto da nossa terra que estava lá a estudar no liceu. Quando chegaram, o puto agradeceu:
- obrigado, senhor Cameira.
O velhote chamou-o à janela e pediu-lhe para voltar a entrar no carro, porque precisava de um favor dele. O puto lá entrou e o ti'Cameira arrancou, inverteu a marcha... e andou os 18 km que separavam na altura Caria da Covilhã. O puto, à medida que via que voltavam para a Covilhã, cada vez ficou mais admirado. Mas não teve reacção para fazer qualquer pergunta ao ti'Cameira.
Quando parou o carro no sítio onde tinha dado boleia, o ti'Cameira ordenou ao puto:
- agora sai, que eu não fui obrigado a dar-te boleia. Na minha terra diz-se bem haja!
Bem haja, g.!

E quando o Dadinho... (III)

Voltemos ao tema que mais interesse desperta aos blogueitores: e quando o Dadinho, ainda puto pré-escolar, ia com o pai (o ti'Manecas da mercearia) de carro, de Caria para a Covilhã? Ainda não havia a auto-estrada da Beira Interior e a recta de Lamaçais era, para os nossos olhos, enorme nos seus 700 metros (distância calculada agora mesmo a olhómetro). Para mais, a seguir a essa recta havia - e há - outra recta, mais curta.
Pois o Dadinho, admirado com a extensão da recta de Lamaçais, disse para o ti'Manecas da mercearia:
- ó pa-pa-pai, que recta tã-tã-tão grande!
- pois é, filho - condescendeu o ti'Manecas da mercearia, mais preocupado na lista de compras que tinha de fazer na Covilhã.
Quando o ti'Manecas da mercearia fez a curva e entrou na outra recta, o Dadinho admirou-se ainda mais:
- e continuuuuuuua!...